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Publicado em: 29/10/2019 - Autor: José Gil Barbosa Terceiro - Visto: 446 vezes
ENEAS do Rêgo BARROS nasceu em Teresina, Piauí. Graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Piauí. É especialista em Planejamento Turístico pela Faculdade de Ensino Superior de Pernambuco e em Jornalismo e Marketing pela Universidade de Nebraska. Exerce atualmente a função de Coordenador Especial de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Prefeitura de Teresina, presta Assessoria Especial à cadeia de restaurantes Favorito e é articulista da revista Cidade Verde. É autor de vários livros, sendo os já publicados: Municípios Turísticos Piauienses (Turismo, 1996); Em verdade vos digo (Ensaio, 2002); Piauí, Terra Querida (Turismo, 1996 e 2007); Macauã (Romance histórico, 2008); Piauí Águas (Ensaio, 2010); Origens – Universidade & Humanidade (Ciência, 2012); Nonon, o menino da Lagoa Grande (Romance biográfico, 2012); Parabélum (Romance histórico, 2008 e 2013); 15:50 – A história da menina-vampiro do Piauí (Romance policial, 2013); O turco e o cinzelador (Romance histórico, 2009 e 2013); O homem múltiplo (Biografia de Ocílio Pereira do Lago, 2013); O mistério das bonecas de porcelana (Romance, 2015); O escravo e senhor da Parnahiba (Romance histórico, 2016); e O Boato – Verdade e reparação no caso Fernanda Lages (Livro-reportagem, 2017). Mais cinco livros inéditos, já escritos, aguardam publicação. Em um bate-papo que durou quatro horas, o escritor conversa com o autor do blog dos causos assustadores sobre o conjunto de sua obra.
José Gil – seu primeiro livro põe em evidencia lugares turísticos do Piauí. Que municípios fazem parte dessa lista? e qual o diferencial que eles apresentam em relação a outros municípios não analisados? que aspectos culturais e naturais você compreende como definidores de uma atividade turística? e qual a importância da administração pública nas mais diferentes esferas em meio a isso?
Enéas Barros – Como sempre trabalhei com Turismo, percebi que não havia uma publicação que reunisse informações da área, o que fazia com que as pessoas peregrinassem por várias repartições, em busca de dados. Na época, a Embratur havia cadastrado 19 municípios e foi eles que me serviram de base: Teresina, Parnaíba, Luís Correia, São Raimundo Nonato, Floriano, Oeiras, Piripiri, Piracuruca, Pedro II, dentre outros. Na verdade, não há padrão para definir um município como turístico, porque alguns grandes atrativos nem sempre são possuidores de infraestrutura, como é o caso do Cânion do rio Poti. Mas é necessário que no mínimo haja transporte para o local, hospedagem e alimentação, para que o Turismo se desenvolva. A administração pública é responsável pela oferta de infraestrutura (segurança, saneamento, comunicação, estradas, sinalização etc.), a empresa pelos produtos e serviços e a sociedade pela valorização e preservação.
José Gil – Além destes mencionados você acredita que outros municípios possuam potencial turístico? além das belezas naturais, outros patrimônios de um lugar podem ser explorados pelo turismo? você enxerga potencial turístico em alguma cidade piauense que até o momento não explorou ainda o seu potencial? E o patrimônio cultural, pode ser explorado com sucesso pelo turismo?
Enéas Barros – O Piauí é riquíssimo em patrimônio turístico, notadamente pinturas rupestres e formações rochosas, além de uma cultura ímpar. Há ainda fortes representações turísticas em Amarante, Bom Jesus, Cristino Castro, Barras e Esperantina, com a Cachoeira do Urubu. Problema é que nem sempre a administração pública enxerga na atividade turística um foco de desenvolvimento e geração de riqueza pela captação de moeda nova.
José Gil – Eu percebi que no Ensaio em verdade vos digo e no romance histórico Macauã, você enveredou por temas polêmicos que envolvem as religiões. Quais os temas abordados nos dois livros e de que forma isso é trabalhado em cada um deles?
Enéas Barros – Todos dois abordam a religião como tema central. Em Verdade vos Digo foi escrito para esclarecer o meu pensamento acerca desse tema, com um estudo profundo que fiz à época. E em Macauã, que foi meu primeiro romance, busquei na cidade de Nínive inspiração para criar uma Teresina Mesopotâmica e resgatar o politeísmo que antes de 1.300 a.C. dominava o mundo, especialmente o Egito. E a hostória se desdobra por Sete Cidades, com inspiração no livro de Ludwig Schwennhagen, Fenícios no Brasil ou Antiga História do Brasil.
José Gil – interessante… isso me lembra o projeto do Rafael Noleto: a vila pagã, que tenta resgatar um politeísmo pagão no Piauí, explorando as lendas piauienses (Miridan, Cabeça de Cuia…) como seres divinos, forças da natureza… Algo assim acontece nessa Teresina mesopotâmica, ou seria uma adoção dos deuses mesopotâmicos no Piauí por força da cultura imposta pelos fenícios que, segundo Schwennhagen, estiveram aqui tempos atrás?
Enéas Barros – Sem dúvida. Há algumas pinturas rupestres em Sete Cidades que se reportam ao estilo fenício, com detalhes que não teriam sido feitos por indígenas, mas por povos do Mediterrâneo, e também as formações rochosas que lembram tótens. Duas lendas se entrelaçam em Macauã: Miridan e Zabelê.
José Gil – O romance histórico parece ser um genero que predomina em seus escritos. Porque o interesse em publicar romances que misturam ficção com a história do Piauí?
Enéas Barros – Acho muito difícil fazer ficção pura. Há problemas na condução da história e na coerência de dados, o que leva o autor a um esforço muito grande para não se perder. Cito como exemplo um relógio de pulso numa época de algibeira. Percebi que as pessoas gostam de dois aspectos que são comuns às minhas obras: narrativa bem próxima à forma como as pessoas falam e histórias de conhecimento popular, o que gera interesse especial pela verdade por trás dos fatos. A ficção entra onde não pude comprovar o fato, mas em nada altera a história central.
José Gil – Então você não é simplesmente um escritor ficcional, mas também um historiador, trazendo a tona por meio de romances as características da cidade e da sociedade à época em que os fatos estão ambientados. Isso exige uma pesquisa profunda! Quais as maiores dificuldades que você enfrentou como pesquisador?
Enéas Barros – As maiores dificuldades estão ligadas às fontes de pesquisa. Infelizmente,
cuidamos muito mal de nossa memória. Também encontrei dificuldades em pessoas que detêm a informação. Elas nos enxergam como concorrentes e não repassam o que sabem ou o que têm, como aconteceu quando eu pesquisava para o livro O Escravo e o senhor da Parnahiba. O padre da Igreja de Nossa Senhora da Graça se recusou a me mostrar o seu acervo.
José Gil – Essa é uma verdade que em minha vã vivência eu também já verifiquei. De fato, muitos se recusam a compartilhar o material que detêm. Mas falando d’O “Escravo e o Senhor da Parnahiba” – um romance histórico que tem como foco a história da família Dias da Silva, principalmente a figura de Simplício Dias, em uma relação triangular com um escravo e sua filha. Como se dá essa relação?
Enéas Barros – Não creio ter havido uma relação entre Carolina Thomázia (a filha de Simplício) e um escravo, embora ela tenha sido assassinada por um. Há muita controvérsia. Quando ela morreu, em 1850, Simplício já havia morrido. O livro é uma saga de 3 gerações. E esse escravo do título não é o que matou Carolina. Esse era músico e foi valorizado por Simplício como tal. Na verdade, Simplício se deixou influenciar pelo Iluminismo e fez coisas notáveis por conta disso, como criar uma orquestra de escravos, trazer a Maçonaria para o Piauí e deflagrar a independência no dia 19 de outubro de 1822, hoje Dia do Piauí.
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