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Publicado em: 17/05/2024 - Autor: Eneas Barros - Visto: 6594 vezes
Em 13 de janeiro de 1759, a família Távora e os demais acusados foram cruelmente executados na praça de Belém, uma carnificina de dez pessoas que sequer receberam um julgamento adequado, e banimentos de muitas outras, tendo sido privados dos seus títulos, das suas ordens, dos seus cargos e dos seus postos no exército. Os seus bens foram confiscados, e as suas casas destruídas, tendo sido salgados os terrenos para que nada mais nascesse sobre eles. Teresa, a amante do rei, nada sofreu, embora tenha sido encerrada em um convento de freiras, onde viveu no esquecimento e na miséria até sua morte, em data incerta. As mulheres não executadas foram para outros conventos e vários jesuítas foram presos, sendo a Companhia de Jesus expulsa de Portugal.
As vítimas do pavoroso massacre haviam sido acusadas de crime de lesa-majestade, alta traição, rebelião e parricídio, já que o rei é o pai da nação. Cedo da manhã, a primeira vítima a subir o patíbulo foi Leonor Tomásia de Távora, 3ª Marquesa de Távora, transportada em uma cadeirinha, na companhia de dois frades. A ela foi consentido receber os últimos sacramentos, antes de ser decapitada. Em seguida, foi a vez de Dom José Maria, filho mais novo dos Távora, único que teve a coragem de negar as acusações para não comprometer a honra da família. As suas pernas e braços foram amarrados e quebrados a marteladas, enquanto um dos carrascos o estrangulava com uma corda. Esse mesmo castigo foi aplicado ao marquês novo Luís Bernardo de Távora, ao conde de Atouguia Jerônimo de Ataíde e aos plebeus José Brás Romeiro, que era cabo da Esquadra da Companhia do Marquês de Távora, Manuel Álvares Ferreira, criado e guarda roupa do duque de Aveiro, e João Miguel, acompanhante do duque de Aveiro. Diante daquele espetáculo brutal, com os corpos mutilados e expostos sobre as mesas de tortura, Dom José Mascarenhas, duque de Aveiro, e o marquês velho Francisco de Assis de Távora foram levados ao patíbulo. As suas sentenças ordenavam que os membros e as costelas deveriam ser quebrados sem que se estrangulassem, permanecendo em suplício até que os últimos condenados fossem executados: Antônio Álvares Ferreira foi queimado vivo e José Policarpo, como não foi encontrado, teve sua efígie queimada simbolicamente.
Após as execuções, que deixaram na praça uma imagem de terror, com dez corpos mutilados e destroçados, atearam fogo a um material inflamável que estava sob o patíbulo, queimando a todos durante o dia inteiro. À noite, as cinzas foram jogadas no rio Tejo, à sua margem direita, no cais de Belém, deixando naquela manhã um cheiro nauseante e uma névoa escura no ar. No local onde antes se edificava o palácio do Duque de Aveiro, demolido e salgado o terreno, foi construído um marco alusivo ao acontecimento, mandado erigir por Dom José I, não se sabe se para homenagear os mortos ou para que a sociedade não se esquecesse da trama montada para sua morte.
(Trecho do romance “Tragam-me um espadachim!”, de minha autoria. Aquarela de Ângela Rêgo ilustra o patíbulo do massacre e a foto mostra o monumento erguido por D. José I).
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